Quando a Separação é um Ato de Coragem
- Joseane de Souza Heineck

- 18 de jun.
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de out.

Falar sobre o divórcio é, muitas vezes, tocar em feridas, medos e julgamentos. Mas também pode ser sobre recomeços, liberdade emocional e a coragem de sair de um lugar que já não faz bem.
Muitas pessoas carregam culpas por considerar a separação como uma hipótese. E é para elas, principalmente, que trazemos essa reflexão.
A sociedade, por muito tempo, sustentou a ideia de que o fim de um casamento é sinônimo de fracasso. Mas a verdade é que, em determinadas situações, se divorciar é um gesto de amor próprio e respeito pela própria saúde emocional.
Relacionamentos são feitos para somar. Crescer juntos, compartilhar sonhos, enfrentar dificuldades com parceria e respeito. Mas quando o vínculo conjugal se transforma em um espaço de sofrimento, onde não há mais diálogo verdadeiro, não existem projetos comuns, falta escuta e empatia, reina a indiferença, o desprezo ou até a violência (física ou psicológica), a separação deixa de ser uma ruptura e passa a ser um ato de libertação.
Se você está neste momento de vida, se pergunte: "Vale a pena lutar?"
Se você enxerga em sua relação respeito mútuo, admiração, amor, vontade de evoluir juntos, então, a resposta é positiva. Sim, vale tentar! Vale investir em diálogo, terapia de casal, e buscar a reconexão.
Mas se o que resta é o silêncio do outro lado, a frieza, o sentimento de invalidação ou medo, então vale se afastar. Vale libertar a si e ao outro, para que ambos possam reescrever suas histórias.
Já abordamos aqui, em artigo publicado em março, o melhor momento para buscar o divórcio ou oficializar a dissolução da união estável, por isso, indicamos como leitura complementar.
Em nossa compreensão, nosso papel enquanto escritório é dar suporte quando o laço conjugal precisa ser desfeito, auxiliando na concretização de um desfecho mais respeitoso e simples, seja pela via extrajudicial ou judicial, quando necessário. Atuamos como orientadores e priorizamos o consenso, com zelo e respeito ao tempo e à dor de quem enfrenta tão delicado momento.
Por isso, gostaríamos que soubesse que você não precisa enfrentar isso sozinho e deve buscar apoio para a melhor tomada de decisão.
Conversas honestas, escuta profissional e acolhimento são fundamentais. Separar-se pode ser doloroso, mas permanecer onde se adoece também é.



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